O desEMPREGO.

1º Raciocínio - A cada ano que passa em nossas vidas fica mais complicado conseguir trabalho, mercado de trabalho concorrido ou avanço proposital desta concorrência? Explico, quando somos jovens e pretendemos começar com nossa “caminhada” no mercado de trabalho não temos experiência ainda, mas para adquirirmos a tal precisam nos dar uma oportunidade, bom, com o tempo e talvez uma mãozinha de algum amigo ou conhecido enfim a caminhada tem início, o primeiro emprego. Dificilmente vamos permanecer neste primeiro, quando formos mudar a coisa complica de novo, ao menos que já tenha uma “ponte” entre um e outro. Mas o tempo passou e as empresas exigem mais experiência, se você pensar bem, a tal está interligada aos cursos de capacitação, cursinhos, etc (ou seja uma mão lava a outra). Mas sem o dinheiro do trabalho como vamos fazer os tais cursos? E a experiência que adquiri com o primeiro emprego não vale mais?

2º Raciocínio – Primeiro “Deus” criou o trabalhador, e daí veio o homem para bagunçar tudo, dar uma de esperto. Agora as empresas com o passar do tempo armaram outras estratagemas para burlar a lei e pagar menos salário e encargos pelos funcionários, isso mesmo, lembram do terceirizado, aquele que ganha menos e trabalha mais que os funcionários, usado para suprir a mão de obra das empresas particulares e do governo também, como as coisas mudaram e leis foram criadas “esses” foram caindo no desgosto dos patrões. Então e agora? Ah! Os estagiários, afinal, vamos dar uma mãozinha para os estudantes! Dizem os patrões em geral, aparecem até na TV como heróis, coitados dos estagiários, mal sabem eles que são os substitutos do terceirizados!

3º Raciocínio – Antes eu ia procurar emprego e falava diretamente com o patrão, afinal, tudo era mais pessoal, quem sabe o que a empresa precisa? O patrão é claro! Ele entrevistava a pessoa, decidia se ia dar uma chance ou não, afinal a empresa é dele. Pois é, mudou! Vieram as agências de emprego, isso mesmo, agora você vai enfrentar uma fila imensa, pegar ficha, preencher formulários que perguntavam “até as horas” para você. Pronto! Chegou a sua vez! Agora você vai ser entrevistado por uma psicóloga que não sabe nada da empresa para qual está recrutando, e mais, acha que sabe tudo da sua vida, e pior, muitas vezes é uma novata que tem muito menos experiência de vida e trabalho que você! Aí vem a tal dinâmica de grupo onde você faz algumas “brincadeirinhas” que muitas vezes servem para a diversão dos outros e dos próprios entrevistadores. Éh, mas não acabou por aí, agora inventaram as entrevistas coletivas nas quais temos alguns minutos para falarmos das nossas vidas pessoais e profissionais, isso mesmo, na frente de todos! Que coisa! E eu aqui, com 40 anos e desempregado!

Por Gilson Martins.